Governo Federal é acusado de impedir mudança da Câmara de Vitória para o Centro da cidade

Por Redação Ativa ES 

Um impasse envolvendo a Caixa Econômica Federal e a Câmara Municipal de Vitória gerou tensão política nesta semana. O presidente da Casa Legislativa, vereador Anderson Goggi (PP), esteve em Brasília para tratar da cessão do Edifício Castelo Branco — prédio histórico localizado no centro da capital capixaba — onde pretendia instalar a nova sede da Câmara, em uma tentativa de contribuir com a revitalização da região central da cidade.

Contudo, segundo Goggi e o vereador Armandinho Fontoura (PL), a direção nacional da Caixa, subordinada ao Ministério da Fazenda, teria recuado da cessão do imóvel, cancelando o acordo que vinha sendo costurado entre as partes. A decisão revoltou os parlamentares, que acusam o Governo Federal de interferência política e de colaborar, direta ou indiretamente, com movimentos de ocupação na área.

"É inacreditável. A Caixa primeiro pediu mais tempo para cumprir a decisão de reintegração de posse e agora simplesmente desistiu da ação judicial, o que na prática entrega o prédio aos invasores", denunciou Armandinho Fontoura em nota publicada em suas redes sociais. O vereador afirmou ter entrado com representação por improbidade administrativa contra os responsáveis pela decisão dentro da Caixa, além de acionar judicialmente os ocupantes do prédio.

O Edifício Castelo Branco, que pertence à Caixa Econômica Federal, está atualmente ocupado por um grupo que, segundo parlamentares da oposição, seria ligado a movimentos sociais de esquerda. A ocupação é vista por eles como parte de uma “onda de invasões” promovida por militantes do PT e do PSOL, o que acirra ainda mais os ânimos no campo político.

Fontoura acusa diretamente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), de atuar para sabotar a transferência da Câmara para o Centro. “Tudo isso tem sido orquestrado pelo PT e PSOL, que passam um ar de normalidade. Vamos combater e continuar denunciando invasores e criminosos para proteger o Centro e nossa ilha dessa onda vermelha de invasões e criminalidade”, declarou o vereador.

Procurada, a Caixa Econômica Federal ainda não se manifestou oficialmente sobre os motivos da desistência da cessão do imóvel, nem comentou as acusações de motivação política.

A tentativa de reinstalar a sede do Legislativo municipal no Centro da cidade é vista por urbanistas e gestores públicos como um passo importante para fomentar o comércio e reduzir a ociosidade dos prédios públicos da região, muitos dos quais hoje enfrentam problemas de abandono ou uso irregular.

Enquanto isso, o embate promete continuar nos tribunais e nos bastidores políticos, elevando a temperatura do debate sobre o uso de imóveis públicos, a revitalização urbana e a atuação de movimentos sociais em Vitória.

 Fonte : Assessoria da Câmara Municipal

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