Seminário de Comunicação Pública no TCE-ES debate importância do tema para a democracia

Por Charles Manga


Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES), debateu a importância do assunto para o fortalecimento da democracia. Palestraram, no encontro, o jornalista, escritor e referência nacional em ética, democracia e regulação da informação, Eugênio Bucci, e o diretor de Comunicação Pública da Prefeitura de Salvador, PV Bispo.

A abertura do encontro foi feita pelo presidente do TCE-ES, conselheiro Domingos Taufner. Em sua saudação inicial ele destacou que a Corte de Contas capixaba tem se notabilizado pela defesa de uma comunicação qualificada, ética e transparente. “Em meu discurso de posse, destaquei a relevância do jornalismo profissional. E não foi apenas uma fala de ocasião, mas um compromisso que temos praticado e reforçado”, disse, ressaltando algumas das ações promovidas.

“Neste ano, assinamos um termo de cooperação para combater a desinformação e fomentar a boa comunicação. E o aperfeiçoamento da comunicação pública nos auxilia a combater a desinformação que corrói nossas relações sociais”, acrescentou Taufner.  
Os conselheiros Luiz Carlos Ciciliotti e Sergio Aboudib também acompanharam os debates realizados no auditório do TCE-ES. 

Bucci, que é professor da Universidade de São Paulo (USP), se mostrou muito honrado por ser convidado a participar do debate. Segundo ele, a comunicação pública está diretamente conectada com o direito à informação – um direito essencial para o funcionamento da democracia. “Não é apenas para a observância das garantias democráticas, mas a comunicação pública é fundamental para a democracia. Se o direito à informação não é atendido, a democracia não funciona, a roda não gira. Por isso a comunicação pública ocupa um lugar insubstituível”, disse.  

PV Bispo analisou de forma semelhante. “Cada vez mais a gente precisa se conectar com o cidadão, fazer uma linguagem simples e direta. E debater o assunto, buscar referências e bons exemplos é importante para entender o que conecta o cidadão com as instituições públicas”, analisou. “Sempre gosto de falar que apresentar os direitos e deixar as coisas mais claras para os cidadãos é dar liberdade para que eles utilizem os direitos essenciais. Quanto menos a gente tem informação, menos estudo, mais difícil fica para utilizar os nossos direitos”, concluiu.  O evento foi acompanhado por mais de 200 pessoas e contou com a inscrição de servidores da comunicação de 63 dos 78 municípios capixabas, além de responsáveis pela comunicação de diversas instituições públicas do Espírito Santo.  

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