DPCA prende professor investigado por estuprar aluna em escola particular de Vila Velha

Por Charles Manga

A Polícia Civil do Espírito Santo, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), prendeu um homem de 37 anos, na manhã de quarta-feira (30), em cumprimento de mandado de prisão temporária. O homem é professor de música e investigado por molestar meninas dentro da sala de aula, em uma escola particular localizada em Vila Velha.

A prisão foi divulgada em entrevista coletiva, na última quinta-feira (31), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória. As investigações tiveram início a partir do registro de um Boletim Unificado em meados de julho, reportando supostos abusos cometidos contra uma criança de 08 anos de idade.

De imediato, a DPCA instaurou Inquérito Policial e deu andamento às diligências para apuração dos fatos. Em escuta qualificada realizada pelo setor psicossocial da DPCA, a criança vítima relatou com clareza os abusos sofridos, que, segundo a vítima, teriam se repetido. Um dos pilares da investigação foram as imagens de câmeras de videomonitoramento da escola, que foram prontamente solicitadas e entregues pela instituição. A análise dessas gravações forneceu provas cruciais, demonstrando atos libidinosos praticados pelo suspeito com a vítima e com outras crianças presentes no ambiente.

Diante da robustez dos elementos informativos, a Polícia Civil representou pela prisão temporária do professor, que foi decretada pelo Poder Judiciário. O indivíduo foi preso em Vila Velha e se encontra recolhido ao sistema prisional do Espírito Santo. “Em seu interrogatório, o professor admitiu os contatos físicos com as crianças, alegando, no entanto, que seriam apenas ‘carinhos’ e que não havia intenção de abuso sexual”, informou o delegado adjunto da DPCA, Glalber da Costa Cypreste Queiroz.

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente segue com as investigações, priorizando a identificação e proteção de outras possíveis vítimas. A privacidade e a integridade de todas as crianças envolvidas são tratadas com a máxima prioridade e sigilo. O que fazer e como denunciar. Na coletiva, a equipe da DPCA deu orientações importantes aos pais, familiares e responsáveis por crianças e adolescentes, para que identifiquem sinais de abuso e ajam imediatamente, em caso de suspeita.

A delegada-adjunta da DPCA, Thais Cruz, explicou que o diálogo e a atenção aos detalhes são cruciais para proteger crianças e adolescentes. “É muito importante conversar com seu filho, e muito mais do que isso, acreditar no que ele diz. Muitas vezes, os abusos sexuais, como ocorreu neste caso, não vem com uso de ameaça, violência ou força física, ele é sutil, um toque em uma região íntima. Entretanto, qualquer toque em região íntima com menor de 12 anos é considerado estupro de vulnerável.

” A delegada completou: “Percebam a mudança no comportamento dos filhos. Geralmente o filho fica reprimido, agressivo, começa a se autolesionar, se mutilar, fica trancado no quarto, só quer saber de internet, muitas vezes não quer contato com pessoas maiores, ou do sexo masculino… a gente tem que conversar, perguntar e, desde cedo, orientar nossas crianças sobre os limites que ela tem que impor no corpo dela”. A orientação da equipe da DPCA é acionar a polícia ao menor sinal de que algo pode estar errado.

“Se você está presenciando um crime naquele exato momento ou ele acabou de acontecer, acione a Polícia Militar por meio do 190. Entretanto, se você desconfia que seu filho pode ter sido vítima de um abuso, procure qualquer delegacia e registre um Boletim de Ocorrência. O caso será encaminhado para a DPCA e nós vamos apurar” , afirmou o delegado Glalber da Costa.

Categoria:

Deixe seu Comentário