Macrodrenagem do Canal do Congo vai beneficiar 70 mil moradores

Por Charles Manga - Texto :Ângela Beserra - Foto: Adessandro Reis


Estão em andamento as obras de macrodrenagem do Canal do Congo, com intervenções em 13 bairros que devem beneficiar diretamente cerca de 70 mil moradores. A obra busca ampliar a capacidade de escoamento das águas da chuva, reduzir pontos de alagamento, complementar o sistema de microdrenagem já em execução e preparar as vias e bairros para receberem pavimentação e urbanização.
 
Com investimento total superior a R$ 49 milhões — sendo cerca de R$ 31 milhões oriundos do governo federal e o restante de recursos municipais e estaduais —, as intervenções estão divididas em três grandes frentes de trabalho.
 
As ações ocorrem em ruas e avenidas da Região 5. No Lote 1, as obras se concentram na rua Machado de Assis e no trajeto que inclui as ruas Marinhas, Graciliano Ramos, Olavo Bilac, Euclides da Cunha e a Rua Primavera, além do fechamento de um canal aberto entre a Rua Ita e a Rua Oiti. No Lote 2, os serviços se estendem pelos bairros Ulisses Guimarães e Barra do Jucu, onde estão sendo executadas melhorias em pontes, canais e trechos com contenção em gabião, além da construção de uma nova ponte entre as ruas 7 de Julho e Oiti. Já o Lote 3 contempla as avenidas Brasil, Santa Tereza e Transamazônica, com implantação de novas galerias em concreto e redes tubulares que ampliam a capacidade de escoamento da rede pluvial nessas regiões.
 
Toda obra de macrodrenagem parte de um estudo hidrológico que delimita a bacia hidrográfica responsável por receber as águas da chuva. Essa bacia é fragmentada em sub-bacias, facilitando o planejamento do sistema de escoamento. Os caminhos naturais por onde a água tende a correr — os chamados talvegues — indicam os pontos mais baixos, onde as estruturas principais devem ser implantadas.
 
No caso do Canal do Congo, a estrutura atual é resultado da retificação de um rio, antes conhecido como Rio Draga. Ele nasce fora da região urbana e deságua na Barra do Jucu. Como Vila Velha tem uma geografia muito plana, foi necessário criar divisores artificiais e redes condutoras que organizam o caminho da água até o canal principal, permitindo que toda a bacia escoe de forma ordenada até a foz.

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