Convenção de igreja Assembleia de Deus não responde por todas as igrejas, e nem representa a todas, é Verdade?
Postado 08/05/2025 08H29

Sim, é verdade que as convenções de igrejas Assembleias de Deus não representam todas as igrejas Assembleias de Deus no Brasil, e não respondem por diversas outras igrejas espalhadas pelo mundo. Existem diferentes convenções e grupos independentes que não se filiam a uma convenção central, estas por sua vez funcionam clandestinamente e independentemente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB). As convenções são organizações religiosas que agrupam e coordenam somente as igrejas Assembleias de Deus em determinada região ou país.
A CGADB é a maior convenção no Brasil, mas existem outras convenções menores e independentes que funcionam na clandestinidade, fabricando carteirinhas de pastores e de membros, sem necessidade da devida documentação dos cursos escolares e apresentação de diploma teológico . Muitas igrejas Assembleias de Deus escolhem não se filiar a uma convenção, funcionando de forma independente ou associando-se a outras redes ou grupos organizadores. A CONAMAD (Convenção Nacional de Madureira) é uma convenção que tem igrejas e ministérios por todo o Brasil e no exterior, sendo diferente das associações da CGADB.
Existem também outras convenções e grupos que operam com diferentes níveis de autonomia e organização. A filiação a uma convenção é geralmente opcional para as igrejas Assembleias de Deus. Algumas igrejas podem escolher se filiar para obter apoio, recursos ou para se alinhar com determinadas práticas e doutrinas.
Diferenças Teológicas:
Há também diferenças teológicas entre as convenções, que podem influenciar as escolhas de filiação das igrejas. Em resumo, a Assembleia de Deus é uma denominação diversificada, com diferentes convenções e grupos que operam com níveis variados de autonomia e organização, refletindo a liberdade de escolha e a diversidade de práticas e crenças dentro da denominação.
Escândalos envolvendo as convenções da Assembleia de Deus no Brasil
São diversos e abrangem desde acusações de propina e corrupção até questões de liderança e uso indevido de recursos. Apropriação indevida de verbas públicas, acusações de tráfico de influência e a utilização da fé para fins políticos, são exemplos de casos que ganharam destaque na mídia. Um dos maiores escândalos envolve o Ministério da Educação, onde líderes religiosos, como Gilmar Santos e Arilton Moura, foram acusados de cobrar propina para facilitar o acesso de prefeitos a recursos do governo, através de um esquema que envolvia pastores lobistas.
A história das Assembleias de Deus é marcada por cisões e divergências entre convenções, com alguns líderes buscando manter tradições e outros promovendo reformas a seu próprio modo, com interesse em obter algum lucro ou vantagem, o que gera conflitos internos e questionamentos sobre a liderança. Há relatos de uso inadequado de recursos da igreja, como a utilização de verbas destinadas a projetos sociais para fins particulares, ou para a construção de templos luxuosos, o que gera críticas e insatisfação entre membros da igreja.
A Assembleia de Deus, por ser uma das maiores denominações religiosas do Brasil, possui grande influência política, com deputados e senadores ligados à igreja, o que tem sido questionado em relação ao uso dessa influência para fins particulares ou para pressionar o governo em determinados projeto.
Em resumo: Os escândalos envolvendo as convenções da Assembleia de Deus no Brasil são um reflexo da complexidade e dos desafios enfrentados por uma denominação que se tornou uma das maiores e mais influentes do país, com questões que envolvem corrupção, política, liderança e uso de recursos, gerando debates e questionamentos sobre a ética e o papel da igreja na sociedade.
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