Pazoline abraça Martini após ter prejuízo na retirada das câmeras de monitoramento do centro de Vitória por ordem do Estado.

Comerciante foi convidado pelo prefeito Lorenzo Pazolini para assumir a Central de Serviços da Capital
Por Carlos Lima/ Charles Manga

O comerciante Eugênio Martini, que retirou mais de duzentas (200) câmeras de monitoramento instaladas por ele no centro de Vitória, há um mês, foi nomeado para o cargo comissionado de Gerente da Central de Serviços da Prefeitura de Vitória. O convite para assumir a função foi feito diretamente pelo prefeito (Republicanos)  Lourenzo Pazollini e o anúncio ocorreu durante agenda institucional. Estavam presentes a vice-prefeita Cris Samorini, o secretário de Governo Erick Musso e o vereador Armandinho Fontoura (PL).

Nas redes sociais, o mandatário deu as boas-vindas ao novo gerente e disse que o comerciante chega à administração para “fortalecer ainda mais o nosso time e aprimorar o atendimento à população”. O cargo é relacionado à zeladoria urbana, manutenção de espaços públicos, como ruas, praças e calçadas, e articulação com comerciantes e moradores.

Procurada para esclarecer se Martini possui conhecimento técnico para assumir o cargo e justificar a escolha do nome, a Prefeitura de Vitória disse, em nota, que o comerciante “possui uma trajetória de mais de três décadas dedicadas ao comércio local, sendo uma das principais referências na defesa, valorização e ressignificação do Centro de Vitória”. “Sua dedicação ao fortalecimento do Centro, aliada ao conhecimento das dinâmicas da região, fortalece sua contribuição em projetos voltados à requalificação da área central. Por seu histórico, sua atuação incansável e sua dedicação, Eugênio Martini está credenciado a integrar os esforços que visam transformar o Centro de Vitória em um espaço cada vez mais atrativo e acolhedor para todos”, informou a gestão.

Repercussão do caso

O sistema de videomonitoramento privado promovido por Martini no centro de Vitória, foi interrompido após uma ação ter sido apresentada ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES), pelo ex-vereador André Moreira (Psol). As câmeras, como contou Martine a reportagem, estavam presentes na região há mais de 15 anos. Segundo ele, os equipamentos ajudavam a inibir furtos e colaboravam para a segurança da região. Na Câmara Municipal, o caso repercutiu e virou projeto de lei que recebeu o nome do comerciante. A proposta, no entanto, foi barrada por ser inconstitucional. O vereador Armandinho chegou a defender Martini e a atuação dele, tida como uma medida de “segurança pública”.  A EDP informou que não processou o comerciante e que não há nenhuma medida contra ele no âmbito jurídico. 

Categoria:

Deixe seu Comentário