Veto à viagem de Bolsonaro “expõe Brasil ao ridículo”
Por Charles Manga
A recente decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de não devolver o passaporte ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o que impediu sua presença na posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou críticas por parte de parlamentares da oposição.
A reação dos deputados veio após uma postagem na conta do ex-presidente Jair Bolsonaro na rede social X, na qual ele acusou o ministro Moraes de praticar “ativismo judicial”.
O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) descreveu a ação do magistrado como ‘vergonhosa’.
“A decisão de impedir Bolsonaro de participar da posse de Trump é vergonhosa e evidencia como o Brasil está mergulhado em um cenário de perseguição política sem precedentes. Estamos falando de um ex-presidente que deveria ser tratado com respeito e que poderia reforçar laços com os Estados Unidos. Ao invés disso, Lula e seus aliados preferem transformar o país em um palco de retaliações, causando mais um vexame internacional”, disse o deputado em declaração à imprensa.
Relação diplomática
O deputado Rodolfo Nogueira(PL-MS) afirmou que ao tomar a medida, Moraes “expõe o Brasil ao ridículo diante do mundo”.
“É inadmissível que um ex-presidente seja proibido de exercer seu direito de ir e vir para participar de um evento relevante no cenário internacional. Isso demonstra o grau de interferência política nas instituições e expõe o Brasil ao ridículo diante do mundo. Lula, enquanto tenta construir pontes com ditadores, deixa claro que prefere desmantelar qualquer possibilidade de diálogo com aliados históricos, como os Estados Unidos. A ida de Bolsonaro aos EUA salvaria a relação diplomática entre os dois países”, afirmou Nogueira.
Perseguição
“Proibir Bolsonaro de participar da posse de Donald Trump é um claro exemplo de como o Judiciário no Brasil tem sido usado para perseguição política. Esse tipo de decisão mancha a imagem do país, que agora parece mais interessado em alimentar rivalidades internas do que em manter relações diplomáticas com uma das maiores potências mundiais”, declarou o deputado Sanderson (PL-RS).