PDT Vence : Quem é Weverson Meireles, prefeito eleito da Serra
Postado 28/10/2024 06H29
Serra- ES
Redação - Carolina Bitencurte
Estreante em disputas eleitorais, o prefeito eleito na Serra, Weverson Meireles (PDT), já em sua primeira participação recebeu 138.071 mil votos, 60,48% do total e vai comandar nos próximos quatro anos, o maior município do Espirito Santo. Mas sua atuação na vida pública é anterior às eleições 2024. Com passagens pelos governos federal e estadual, também pela prefeitura que em janeiro vai assumir, Weverson tem histórico em diversas áreas do Executivo.
Indicado para a corrida eleitoral pelo atual prefeito, Sergio Vidigal (PDT), o futuro gestor da cidade atuou como assessor especial do Ministério do Trabalho, em Brasília (DF), foi secretário de Estado de Turismo até o início de 2023 e ocupou o cargo de subsecretário estadual de Esportes.
Na Prefeitura da Serra, foi titular da Secretaria de Governo e coordenou o planejamento estratégico do município para os próximos 20 anos.
Filho de uma doméstica e de um pedreiro, Weverson tem 33 anos e é natural de Vitória, de onde a família precisou se mudar após um deslizamento de terras no morro do Macaco em 1995. Weverson ainda não era nascido quando os pais se instalaram na Serra, onde cresceu e se estabeleceu.
Formado em Administração pela Universidade Federal do Espirito Santo ( Ufes), o prefeito eleito sempre estudou em escolas públicas e tem, entre prioridades do seu mandato, conforme seu plano de governo, a ampliação em 50% da educação em tempo integral, priorizando a educação infantil.
Também planeja criar o cartão kit escolar e prometeu expandir o programa de educação financeira e empreendedorismo. Ainda tem nos planos a Universidade da Criança e a modernização do sistema de gestão escolar. Além de ser o nome indicado por Vidigal, que abriu mão de disputar mais uma eleição por questões particulares, desde o primeiro turno Weverson tem o apoio declarado do governador Renato Casagrande (PSB), que até fez participações em atos de campanha. Eleito com a maior coligação no município — PDT, MDB, PSB, Podemos, União e Federação Psol-Rede —, conquistou outros apoios no segundo turno, como o do PSDB, que havia indicado a vice na chapa do ex-prefeito Audifax Barcelos (PP) e avançou na disputa.
Mas uma manifestação do PT favorável à candidatura de Weverson causou desconforto na reta final da campanha. O Ex- deputado estadual Roberto Carlos, que havia disputado a prefeitura da Serra pelo PT chegou a gravar um vídeo, indicando que o pedetista seria a melhor opção dos concorrentes do segundo turno. Contudo, a rejeição observada ao PT no município fez o PDT rapidamente refutar ao apoio.
Outro contratempo, que até ameaçou a participação de aliados religiosos na campanha, foi a menção dos termos LGBT e diversidade no plano de governo de Weverson. As expressões foram usadas em publicações para sugerir que o pedetista pretendia implantar a ideologia de gênero nas escolas, o que a Justiça Eleitoral apontou não ser verdade e proibiu a divulgação de materiais com esse teor. Mas, como a desinformação ganhou ampla repercussão, o prefeito eleito decidiu retirar as citações do plano.
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